24 de janeiro de 2012

5 imaginações malucas de criança

Iniciando o Top 5, vou colocar aqui 5 coisas que eu fazia quando criança e que eram birutinhas, porém criativas. Perdemos isso com o tempo, e acho que perdemos um tesouro...



1. Entre lençóis (entre 6 e 9 anos) - Quando minha mãe estendia roupas de cama no varal, logo ia eu lá... aproveitar o lençol ainda úmido. Entrava no meio de um (que tinha metade derrubada de um lado e metade derrubada de outro) e ficava imaginando que estava em um outro lugar. Às vezes era um reino de uma princesa, ás vezes o cenário de um filme que havia visto, conversava sozinha ali em baixo, fazia caras e bocas num mundo só meu, entre os lençóis.




2. Andando no teto (entre 6 e 11 anos) - Esses dias fiz isso de novo, e ainda é bem legal! Deitava de barriga para cima no chão de um cômodo, da sala, por exemplo, e ficava me imaginando andando no teto da sala. Na minha mente eu invertia tudo e de repente conseguia ver perfeitamente o teto sendo o verdadeiro chão e o chão sendo verdadeiramente o teto. Loucura total! Me via dando volta no lustre, erguendo a mão para pegar na estante da sala, pulando o "murinho" (batente da porta) para ir ao próximo cômodo da casa, sentando em armários... Ficava um tempão assim... Veja como essas "loucuras" podem render idéias pioneiras



3. Mão fantasma (entre 8 e 12 anos) - Isso é muito legal e você poderia experimentar algum dia. O interessante é que na faculdade descobri que minha "brincadeira" existia de verdade! E era um tratamento! Veja sobre esse tratamento aqui, e veja o vídeo explicando basicamente como era a minha brincadeira aqui (vai entender melhor a partir dos 3:50). Então era assim: Eu me sentava ao lado de uma penteadeira com espelho que tinha no meu quarto, colocava uma braço atrás do espelho e outro na frente. Com o braço que ficava na frente do espelho e refletido no mesmo eu pegava vidros de esmalte, enfeites, brinquedos, passava a mão no tampo de vidro da penteadeira etc... inventava mil e uma. Sempre repetindo os mesmos movimentos com a mão que estava atrás do espelho. O resultado era a  sensação super esquisita que isso causa. Lembro que não vi isso em lugar nenhum, simplesmente sentei lá e imaginei que seria legal fazer isso....



4. Deitada no meio da rua (entre 6 e 12 anos) - Nesse minha mãe me ajudava...rs. Eu deitava na minha cama, ou no sofá e me cobria inteira, até a cabeça. Ali debaixo eu imaginava que a cama estava em um calçadão movimentado, ou no meio de uma avenida movimentada, onde as pessoas passavam por mim e viam minha cama e eu escondida debaixo das cobertas. Aquilo me dava uma agonia! Porque com tanta imaginação parecia que era verdade, dava até gritinhos em baixo da coberta. Digo que minha mãe ajudava porque de vez em quando ela se cobria comigo na cama e nós duas ficávamos narrando situações que poderiam estar acontecendo lá fora, na nossa avenida imaginária. Pra mim isso era o máximo!



5. O mundo está caindo e o anjo está acompanhando  - (entre 8 e 12 anos) - Quando andava de carro, principalmente quando viajava de uma cidade para outra, vira e mexe imaginava que enquanto meu pai dirigia na rodovia o mundo ia se acabando atrás de nós. Imaginava que o chão ia caindo atrás do carro e nós tínhamos que correr para não cair no buraco que vinha se fazendo logo atrás! Ai... dava uma agonia! e eu chegava a olhar para trás e "ver" as ruas se despedaçando, igualzinho no filme 2012. Mais frequente do que imaginar o mundo caindo atrás do carro era imaginar meu anjo da guarda seguindo nosso carro. eu ia olhando para fora da janela e "vendo" meu anjo nos seguindo de moto (rs) pelos acostamentos. Ele sempre passava por qualquer obstáculo para seguir nosso carro, ás vezes, devido algum obstáculo, tinha que entrar numa estradinha de terra que existia ali (afinal meu anjo não voava, andava de moto), mas logo voltava a ficar paralelo ao nosso carro...



Eu heim... será que toda criança tem umas imaginações malucas assim? Freud explica!

Para terminar, vou deixar algumas frases de Alice no País das Maravilhas, que como eu (e acredito e espero que a maioria das crianças), tinha uma imaginação bem fértil:


Alice: Você acha que estou ficando louca?
Pai de Alice: Sim. Louquinha, Pirada. Mas, vou te contar um segredo. As melhores pessoas são assim.

Pai de Alice: Você só pode alcançar o impossível se acreditar que seja possível.

"As vezes, eu penso seis coisas impossíveis antes do café da manhã" - Alice

Alice: Vamos Alice, pense em 6 coisas impossíveis
1° uma poção que te faz diminuir
2° um bolo que te faz crescer
3° animais podem falar
4° um gato pode desaparecer
5° o País Das Maravilhas é real
6° ...eu posso matar o jaguadarte

Alice: Às vezes eu sonho com um louco como você.
Chapeleiro: Mas você também é um pouco louca por sonhar comigo.


Alice: "A Senhora me desculpe, mas no momento não tenho muita
certeza. Quer dizer, eu sei quem eu era quando eu acordei hoje de manhã,
mas já mudei uma porção de vezes desde que isso aconteceu... Receio que
não posso me explicar, dona Lagarta, porque é justamente aí que está o
problema. Posso explicar uma porção de coisas, mas não posso explicar a
mim mesma."

7 comentários:

  1. muito bacana
    só prova o quanto tu é(sempre foi) doidinha memo
    uhauahauhau

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  2. Eu me identifiquei com vc!!!
    vou começar ler seu blog!!!

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  3. Gostei! Pensei que fosse a única a passar entre lençóis num varal!... A imaginação número 5 me fez lembrar de quando ando de carro e fecho os olhos, então imagino que o carro está parando e parece que ele fica mais leve... Ainda faço essas coisas! :)

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  4. Incrível ler o livro e conhecer a linda história de vocês, Ana, você é um ser humano iluminado e muito especial.

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  5. quando eu tô viajando no carro, eu fecho os olhos imagina que o carro está subindo uma montanha

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  6. Resgistrando aqui a minha presença depois de iniciar o capítulo 2 do livro, ASSOMBRADO. QUE LIVRO.👏💜

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  7. Presença registrada através do livro com sucesso queria eu ter essas imaginações de que você tinha quando era pequena.

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